O Gerenciamento Ambiental Familiar

Rosa Floriano
O gerenciamento dos resíduos urbanos, principalmente dos centros mais populosos é a questão do momento. Em cada cidade, um pouco mais ou um pouco menos é produzido continuamente milhares de toneladas de resíduos por dia. Para aonde vai ? A que se destina? São perguntas que talvez ainda poucas pessoas façam, mas não podemos mais negar que esta questão esta ficando cada dia mais problemática.

O que descartamos, normalmente é encaminhado para os lixões, aterros controlados ou os já conhecidos aterros sanitários, dependendo do porte e da consciência ambiental da administração da cidade. Nos conhecidos lixões, que são comuns e ainda em grande quantidade, os resíduos são simplesmente depositados razoavelmente afastados do centro da cidade, mas sem muita precaução com a proteção ao meio ambiente e muto menos com cuidados específicos no solo. Em contrapartida, quando se trata de aterro controlado os resíduos são cobertos com terra ou misturado com entulhos. E a terceira opção que seriam os aterros sanitários propriamente ditos, os resíduos continuam sendo cobertos com material retirado do próprio local mas o solo é impermeabilizado e o conhecido “Chorume' é recolhido e tratado, além de haver captação de gases para uma segunda utilização.

Evidentemente que o aterro sanitário, propriamente dito, se constitui, um avanço em relação as situações comuns de descarte mas ainda não resolve o problema que apenas se avoluma com o inchaço das cidades e a crescente produção de resíduos sob todas as formas. O simples fato de apenas depositar em algum local mesmo que afastado, enseja um desperdício de energia e recursos. E o que de imediato pode ser feito? Em primeiro lugar, já que ainda não podemos extinguir os lixões a curto prazo, que os aterros sanitários possam receber o que realmente não pode ser mais reciclado ou reutilizado de uma forma secundária. Assim sendo, após uma prévia separação técnica o resíduo seja transformado em um novo produto ou reutilizado em uma outra situação, que é o caso das garrafas PET que hoje são transformadas em vassouras ou obras de arte.

Mas evidentemente que caminhar neste sentido necessita uma mudança de consciência e que acarretará uma consequente alteração nos nossos hábitos. É o caso de se aprimorar a coleta seletiva ou seja, de imediato separar os rejeitos domiciliares entre sólidos e líquidos, ou seja: as latas,plásticos papéis e vidros de um lado e restos de alimentos e vegetais que consideramos matéria orgânica do outro. E claro num futuro próximo conseguirmos separar fraldas descartáveis, pilhas e isopor, celulares, computadores, dos outros casos que seguem, para a devida reciclagem ou compostagem ( parte orgânica convertida em adubo). E estas adaptações temos de começar em casa, com o trabalho de cada família, para que possamos ter bons resultados, e que consigamos produzir energia, vapor e gás derivados dos resíduos, já para os próximos anos, antes que se torne muito mais complicado achar soluções para os problemas ambientais; que hoje, já não são pequenos.




* Ultimanista de Gestão Ambiental da Faculdade Estácio de Sá
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